sexta-feira, 29 de junho de 2012

Até que ponto é realmente possível fazer várias coisas ao mesmo tempo?

A rotina do homem do século XXI, nos centros urbanos, não o leva a penas a ter um dia cheio, sem tempo para nada. Mais do que isso, somos constantemente obrigados a fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, e com eficiência em todas, se possível. E é aí que entra a questão. Essa eficiência em atividades simultâneas é realmente viável? Pensando nisso, alguns estudiosos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos resolveram avaliar isso mais a fundo. Um jornalista inglês passou a investigar o que foi publicado a respeito nos últimos anos, mas começou analisando sua própria rotina. Em um determinado dia, ele assistia a um documentário educacional na televisão, do qual deveria tirar as principais ideias, ao mesmo tempo em que conversava com três pessoas na internet a respeito de um planejamento para o fim de semana seguinte. Ao final dessa jornada, ele se deu conta de que não prestou a devida atenção ao documentário e tampouco tirou uma conclusão útil de suas conversas: logo, não fez bem nem uma coisa nem a outra. Segundo um relatório do Departamento de Comunicações da Grã-Bretanha, o pessoal de lá gasta em média sete horas por dia com mídias eletrônicas. Mas esse número sobe para nove se contarmos individualmente o tempo que se usa cada uma individualmente. Assim, são duas horas diárias em que se faz uso concomitante de dois aparelhos que exigem atenção.
Dois estudos feitos nos EUA sugerem que essas duas horas são quase totalmente improdutivas.

Em um deles, da Universidade da Califórnia, descobriram que quando as pessoas estão continuamente distraídas de uma tarefa, elas até trabalham mais rápido, mas produzem menos.

Outro estudo, este da Universidade Stanford (também na Califórnia) colocou estudantes para resolver um exercício de matemática. Aqueles que foram colocados para fazer outra tarefa, enquanto resolviam o problema, demoraram 40% a mais para achar a solução, além de ter maior desgaste cerebral.

Os pesquisadores de Stanford são taxativos: o ser humano não é feito para fazer várias atividades ao mesmo tempo. Eles afirmam que a execução mútua de tarefas é inversamente proporcional à eficiência. Quanto mais coisas você faz, menos se concentra em cada uma.


Exemplo: quando deixamos de fazer determinado trabalho para mandar ou ler um e-mail, levamos um minuto para recuperar a linha de raciocínio. Se, durante este minuto, recebemos outro e-mail, ou um telefonema, ou uma mensagem de celular, a contagem zera: levará mais outro minuto para recobrar a atenção na tarefa principal.

 Outra pesquisa americana comparou as notas de crianças que estudavam enquanto assistiam TV e as que focavam apenas nos cadernos. O resultado, a esta altura, não vai te surpreender: as que estudavam com a televisão ligada tiveram notas mais baixas, em média. É claro que não somos completamente limitados a fazer concomitantes, explicam os pesquisadores. Podemos andar e falar, almoçar e ver televisão (o que não é recomendado), dirigir e conversar (o que é menos aconselhável ainda).

Os estudiosos falam em execução automática das tarefas. Quando ela se torna parte do subconsciente, podemos executá-la normalmente, dando mais atenção para outra.

 E é a habilidade de dirigir o exemplo que melhor ilustra este caso. Quando se coloca um volante nas mãos de um aluno inexperiente, recém-saído da auto-escola, é de bom grado evitar conversar com ele, chamar a atenção dele, respirar na presença dele, porque o mínimo desvio de atenção pode levar o caro em direção a um poste. Com o tempo, no entanto, as tarefas como trocar de marcha, pisar na embreagem, dar sinal e acionar o limpador de pára-brisa vão ficando automáticas. Nesse estado de condicionamento do cérebro, ganhamos liberdade para nos concentrar em outras coisas (embora ninguém aqui esteja apoiando a ideia de falar ao celular enquanto estiver dirigindo)

  E há uma teoria, ainda não totalmente comprovada, de que as mulheres são superiores aos homens nesse quesito. Ainda são necessários mais alguns estudos para que possamos chegar a conclusões definitivas...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vale conferir!! Estudo e hábitos saudáveis são grandes aliados para manter a saúde da memória.

Quem nunca esqueceu um número de telefone, o que ia fazer em determinado cômodo da casa ou algo de importante que tinha para falar? A memória, capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, precisa de cuidados para funcionar plenamente. A neurologista, Tâmara Checcacci, explica que existem diferentes tipos de memória, distribuídos em várias regiões do cérebro. Eles podem ser classificados como de curto e longo prazo. Segundo ela, quando alguém registra e mantém uma informação que vai ser utilizada imediatamente como, por exemplo, um número de telefone que decorou só para anotar em um papel, está utilizando a memória que chamamos de curto prazo. Mas se o número for armazenado por período de tempo maior e a pessoa consegue lembrar os dados, mesmo depois de dias, a informação está armazenada na memória de longo prazo. A neurologista conta que independente do tipo, ambas as memórias são importantíssimas nas tarefas do cotidiano. “A memória de curto prazo é vital para a gente executar tarefas simples e deve ser exercitada sempre. A criação de rotinas pode até ajudar a pessoa a concluir atividades de forma rápida, mas pode atrapalhar a exercitar a memória. Por isso, é importante ter equilíbrio e tentar, ao máximo, trazer novas situações e experiências para trabalhar a memorização. Isso vai ajudar, inclusive, a armazenar informações que serão usadas em longo prazo”. A especialista explica que após os 40 anos de idade as pessoas devem ficar ainda mais atentas para os cuidados com a memória. “Pintura e artesanato são atividades ocupacionais importantes para passar o tempo e conhecer pessoas e ambientes. Para trabalhar efetivamente a memória é preciso estudar novos assuntos, como nos tempos de escola. É preciso estimular o conhecimento”, afirma. De acordo com ela, deve-se optar por temas prazerosos, capazes de trazer bem-estar. “Não adianta querer aprender novas coisas que não se tem afinidade porque não terá o efeito esperado. Isso pode ser feito voltando para a faculdade, fazendo uma especialização, aprendendo outra língua ou mesmo estudando qualquer outro assunto de interesse”. Alimentação e atividade física também são relevantes, certos alimentos, aliados à prática de exercício, podem aumentar a capacidade de memorização, pois fornecem os nutrientes corretos como, proteínas, minerais e vitaminas, para um bom desempenho do cérebro. “Consumir frutas, verduras, carnes brancas e cereais são vitais para cuidar da memória. Deve-se evitar alimentos gordurosos e frituras ao máximo. Além disso, unir uma boa alimentação à atividade física, regularmente, é determinante para garantir boa saúde física e mental”. A especialista esclarece qual a melhor receita para manter a memória saudável: “Comer de forma balanceada, fazer atividades físicas, estudar, manter o bom humor, cantar, pensar positivamente e apreciar as coisas simples da vida são fatores importantes. Somos um conjunto de fatores e, por isso, é muito importante manter o equilíbrio. Um corpo saudável otimiza a memória e traz a longevidade. Assim como uma mente saudável traz para o corpo benefícios e previne doenças”. Tecnologia – Estão enganados aqueles que acreditam que recorrer constantemente à agenda do celular ou utilizar sites de busca quando a memória falha a torna mais fraca. A neurologista explica que se por um lado as pessoas não fazem mais questão de lembrar números de telefones e dezenas de informações que podem ser consultadas a qualquer momento, por outro elas exercitam a atividade cerebral aprendendo a utilizar novas ferramentas. “Quando a pessoa aprende a mexer na função do celular, que armazena a agenda telefônica, ou aprende a mexer no computador para achar aquilo que ela precisa também está trabalhando a memória. Então, não podemos ver a tecnologia como ponto negativo, mas sim como aliada na aquisição de novos conhecimentos e exercício da memória”, explica. Fonte: Soraya Lacerda/ Ministério da Saúde

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nosso cérebro......


Capacidade de Armazenamento


Neurocientistas da computação estimam a capacidade entre 10 e 100 terabytes, mas o cálculo é mais complexo.  Nos seus mais recentes insultos dirigidos à Coreia do Sul, a mídia estatal da Coreia do Norte chamou o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, de “escória humana” e um “imbecil com 2 megabytes de conhecimento”. Mas quantos megabytes um cérebro humano consegue armazenar?
Muito mais do que dois. Muitos neurocientistas especialistas no campo da computação tendem a calcular que a capacidade de armazenamento da mente humana se situa entre 10 e 100 terabytes, embora o espectro total de estimativas varie de 1 terabyte a 2,5 petabytes. Um terabyte é igual a mil gigabytes ou um milhão de megabytes; um petabyte equivale a mil terabytes.

A matemática por trás dessas estimativas é simples. O cérebro humano contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios. Cada um deles parece capaz de realizar mil conexões, representando mil sinapses potenciais que armazenam dados.

Multiplique cada um desses 100 bilhões de neurônios por aproximadamente mil conexões que podem ser feitas e teremos 100 trilhões de pontos de dados, ou 100 terabytes de informação.
Os neurocientistas admitem que esses cálculos são bastante simplistas. Em primeiro lugar, eles supõem que cada sinapse armazena um byte de informação, mas essa estimativa pode ser alta ou baixa demais. Os estudiosos não sabem ao certo quantas sinapses transmitem com apenas uma única força frente a forças muito diferentes. Uma sinapse que transmite somente com uma única força pode comunicar apenas um bit de informação – “liga”, “desliga”, 1 ou 0. Por outro lado, uma sinapse que transmite a muitas forças diferentes pode armazenar diversos bits.

Em segundo lugar, as sinapses individuais não são completamente independentes. Às vezes são necessárias várias para transmitir uma única informação. Dependendo do quão frequente ocorra isso, os 10 a 100 terabytes calculados podem ser maiores.
Outro ponto: é difícil calcular quanto dessa capacidade de armazenamento do cérebro é espaço “livre” e quanto é “utilizado”. O cérebro é muito mais complexo do que um disco rígido. Não só algumas partes parecem estar envolvidas em muitas memórias ao mesmo tempo, mas os dados armazenados com frequência são corrompidos e perdidos.

Assim, qual seria a velocidade de processamento do cérebro, em mega-hertz? É bom dizer que o cérebro é uma máquina muito poderosa, formada de processadores muito mais lentos. Cada neurônio teria uma “velocidade de processamento” na ordem de quilo-hertz, que é um milhão de vezes mais lento do que o giga-hertz – a velocidade de processamento de um smartphone é de cerca de um giga-hertz. Por isso, os computadores são mais rápidos para completar tarefas especializadas, embora não consigam reproduzir todas as várias funções do cérebro humano.

Viabilidade. Embora futuristas citem a lei de Moore – a tendência dos computadores a se tornar duas vezes mais poderosos a cada dois anos – para prever que seremos capazes de construir computadores mais poderosos do que o cérebro humano nas próximas duas décadas, não está claro se um equipamento desse porte seria comercializável.
O cérebro é extraordinariamente econômico em termos de energia: roda a 12 watts – eletricidade que usamos para acender algumas lâmpadas que economizam energia. Seria necessária muita energia para rodar um computador tão poderoso como o cérebro, talvez um gigawatt de energia, o consumo de Washington – o que seria impraticável.