sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Alimentação e exercícios podem deixar a memória em dia ....

O estresse do dia a dia não resulta apenas em cansaço, o esquecimento também é constante. Afinal, com tantas atividades, lembrar-se de tomar aquele remédio na hora certa ou onde colocou as chaves de casa tornam-se dificuldades corriqueiras. Segundo a psicóloga da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP) Fabiola Canali Prado, o cérebro é como um automóvel: “se você colocar óleo e gasolina, mas não ligá-lo, com o tempo ele deixará de funcionar. A mesma coisa com as pessoas, se não houver estímulo para o cérebro, com o tempo ele vai parando”. Por isso, exercícios e alimentação correta podem ser a chave para uma cabeça mais esperta.
Perder duas horas de sono pode prejudicar a memória, diz estudo .

“Tudo o que você puder fazer para organizar a entrada da informação é bom para a memória”,
Para a psicóloga, o primeiro passo para manter as lembranças em dia é guardá-las por categorias. Como por exemplo, colocar as chaves sempre no mesmo lugar, “se fizer isso, muito provavelmente não irá perdê-las, pois já aprendeu onde ficam”, diz.
Usar agendas e bilhetes na geladeira para marcar os compromissos e checá-las com frequência também é uma saída. “Informações que precisam ser lembradas a longo prazo devem estar organizadas de alguma forma, para facilitar a recordação”, conta.
Estimular o cérebro com atividades educativas como palavras-cruzadas, sudoku ou jogos da memória. “Estimulações cognitivas durante as horas de lazer ajudam a ativar todas as áreas do cérebro”, conta. Mas é preciso fazer com atenção e aplicar o que está aprendendo no dia a dia.

Outra dica interessante é fazer associações com as novidades que surgem a todo momento. “Se conhecer alguém, tente associar o nome a alguma rua que você conheça, ou uma característica física com a personalidade”, explica a psicóloga. Claro que esse exercício é individual e muda de pessoa para pessoa, porém ligar um novo aprendizado a algo que já se conhece é uma forma de incentivar o cérebro. “Essa tentativa funciona melhor ainda quando a lembrança está ligada ao emocional”, finaliza.
Barriga cheia, cérebro em dia  -  Não são apenas os exercícios mentais que ajudam no desenvolvimento da memória, uma alimentação correta é também uma grande aliada de um cérebro em dia.

A nutricionista Ariane M.Pereira separou uma lista do que se deve ingerir e o que se deve evitar:

Peixe: rico em ômega-3, substância precursora do DHA, que por sua vez é um ácido graxo com participação ativa na formação e manutenção do sistema nervoso e naconstituição dos neurônios. “Além disso, com o envelhecimento do indivíduo, há um aumento do estresse oxidativo, que atua reduzindo os níveis do DHA no cérebro. Esse processo resulta na diminuição desses ácidos graxos, assim como ocorre em maior intensidade nas doenças de Alzheimer, Parkinson e esclerose”, afirma Ariane.

Ovo: alimento com alta concentração de colina, uma vitamina essencial do complexo B, que atua como precursora do neurotransmissor acetilcolina, que participa do desenvolvimento cerebral.

Alimentos ricos em antioxidantes: frutas cítricas, uvas, frutas vermelhas e vermelho-alaranjado têm o papel de proteger os neurônios, impedindo possíveis lesões e combatendo o envelhecimento celular.

Vitaminas D, C e  do complexo B: são também grandes aliadas da memória, pois ajudam na manutenção das substâncias químicas nervosas, auxiliando na renovação celular do cérebro e protegendo-o dos danos diários. Além disso, cálcio e magnésio também devem fazer parte da alimentação, pois estão diretamente ligados às funções da memória.

Veja alimentos que ajudam no controle do apetite, no raciocínio e no aumento da libido.

Mas atenção! Existem também alimentos vilões que devem ser evitados, pois prejudicam a memória:

Álcool: o abuso pode causar um déficit temporário de memória, atenção e aprendizado, levando à morte de neurônios e prejudicando a formação de novas células cerebrais.

Gordura saturada: proveniente do consumo excessivo de alimentos industrializados, pode acelerar a perda de memória por processo inflamatório, afetando o funcionamento das células nervosas.

Açúcar: o consumo exagerado eleva rapidamente a produção de insulina, desencadeando reações químicas que agridem as células cerebrais.

Carne vermelha: o consumo excessivo pode estimular a produção de substâncias tóxicas para os neurônios, podendo ser um fator de risco à longo prazo para o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer.
Por Marina Finco

sexta-feira, 20 de julho de 2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Porque você não consegue aprender duas coisas novas ao mesmo tempo??

Semana de provas. Uma maravilha. Assim que você acaba de estudar tudo o que podia em Português, e resolve passar para História, cada regra de gramática que você tinha absolutamente dominado parece fluir para fora da sua cabeça. Nessa hora, você sente que seu cérebro não é grande o suficiente para manter as duas disciplinas na cabeça ao mesmo tempo. Você pode estar certo. Recentemente, cientistas descobriram porque é difícil aprender dois assuntos, um logo após o outro: quando você tenta aprender ou memorizar dois tipos diferentes de informação em rápida sucessão, o segundo assunto interfere com a capacidade do cérebro de armazenar permanentemente o primeiro. O estudo envolveu 120 estudantes universitários. Os pesquisadores desenvolveram um experimento no qual os voluntários tinham que realizar duas tarefas de memória, uma em seguida da outra. Primeiro, os voluntários receberam uma lista de palavras para memorizar. Em seguida, eles receberam uma tarefa em que tinham que usar os movimentos dos dedos para fazer uma sequência – sem o conhecimento dos voluntários, havia um padrão para fazer isso que eles poderiam aprender, inconscientemente, através da repetição. Logo após do teste das palavras, os voluntários se lembravam da lista muito bem. Mas depois que fizeram a sequência com os dedos, se esqueceram de muitas das palavras. Em seguida, na segunda parte do experimento, as tarefas foram revertidas: a sequência dos dedos veio primeiro, seguido pela lista de palavras. Mais uma vez, os voluntários se saíram bem nos testes após a primeira tarefa, mas após a realização da segunda, perderam muito do que aprenderam na primeira. Ainda assim, ao invés de uma tarefa estar “anulando” a outra, o resultado poderia ser devido a incapacidade do cérebro de armazenar todas aquelas informações. Então, os pesquisadores refizeram o experimento, desta vez usando um dispositivo magnético que bombeia energia elétrica no cérebro quando colocado na cabeça de uma pessoa. Com essa estimulação, as pessoas lembraram bem de ambas as tarefas, como se tivessem feito cada uma delas separada. O interessante é que a estimulação não melhorou a memória quando apenas uma tarefa foi feita em um momento, e sim apenas removeu a interferência quando duas eram feitas em seguida. A conclusão do estudo é: quando você quiser aprender duas coisas diferentes, precisa fazer uma pausa entre elas. Outra pesquisa mostra que duas horas pode ser suficiente. Os pesquisadores não sabem por que o cérebro age dessa maneira. Ele ativamente “conspira” para produzir uma interferência de memória e assim prejudicar nossa lembrança do que aprendemos. Isso pode parecer um tanto paradoxal, mas os cientistas imaginam que essa interferência de memória serve para alguma função importante, que até agora não sabemos qual é. Por Natasha Romanzoti em 20.07.2011

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Até que ponto é realmente possível fazer várias coisas ao mesmo tempo?

A rotina do homem do século XXI, nos centros urbanos, não o leva a penas a ter um dia cheio, sem tempo para nada. Mais do que isso, somos constantemente obrigados a fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, e com eficiência em todas, se possível. E é aí que entra a questão. Essa eficiência em atividades simultâneas é realmente viável? Pensando nisso, alguns estudiosos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos resolveram avaliar isso mais a fundo. Um jornalista inglês passou a investigar o que foi publicado a respeito nos últimos anos, mas começou analisando sua própria rotina. Em um determinado dia, ele assistia a um documentário educacional na televisão, do qual deveria tirar as principais ideias, ao mesmo tempo em que conversava com três pessoas na internet a respeito de um planejamento para o fim de semana seguinte. Ao final dessa jornada, ele se deu conta de que não prestou a devida atenção ao documentário e tampouco tirou uma conclusão útil de suas conversas: logo, não fez bem nem uma coisa nem a outra. Segundo um relatório do Departamento de Comunicações da Grã-Bretanha, o pessoal de lá gasta em média sete horas por dia com mídias eletrônicas. Mas esse número sobe para nove se contarmos individualmente o tempo que se usa cada uma individualmente. Assim, são duas horas diárias em que se faz uso concomitante de dois aparelhos que exigem atenção.
Dois estudos feitos nos EUA sugerem que essas duas horas são quase totalmente improdutivas.

Em um deles, da Universidade da Califórnia, descobriram que quando as pessoas estão continuamente distraídas de uma tarefa, elas até trabalham mais rápido, mas produzem menos.

Outro estudo, este da Universidade Stanford (também na Califórnia) colocou estudantes para resolver um exercício de matemática. Aqueles que foram colocados para fazer outra tarefa, enquanto resolviam o problema, demoraram 40% a mais para achar a solução, além de ter maior desgaste cerebral.

Os pesquisadores de Stanford são taxativos: o ser humano não é feito para fazer várias atividades ao mesmo tempo. Eles afirmam que a execução mútua de tarefas é inversamente proporcional à eficiência. Quanto mais coisas você faz, menos se concentra em cada uma.


Exemplo: quando deixamos de fazer determinado trabalho para mandar ou ler um e-mail, levamos um minuto para recuperar a linha de raciocínio. Se, durante este minuto, recebemos outro e-mail, ou um telefonema, ou uma mensagem de celular, a contagem zera: levará mais outro minuto para recobrar a atenção na tarefa principal.

 Outra pesquisa americana comparou as notas de crianças que estudavam enquanto assistiam TV e as que focavam apenas nos cadernos. O resultado, a esta altura, não vai te surpreender: as que estudavam com a televisão ligada tiveram notas mais baixas, em média. É claro que não somos completamente limitados a fazer concomitantes, explicam os pesquisadores. Podemos andar e falar, almoçar e ver televisão (o que não é recomendado), dirigir e conversar (o que é menos aconselhável ainda).

Os estudiosos falam em execução automática das tarefas. Quando ela se torna parte do subconsciente, podemos executá-la normalmente, dando mais atenção para outra.

 E é a habilidade de dirigir o exemplo que melhor ilustra este caso. Quando se coloca um volante nas mãos de um aluno inexperiente, recém-saído da auto-escola, é de bom grado evitar conversar com ele, chamar a atenção dele, respirar na presença dele, porque o mínimo desvio de atenção pode levar o caro em direção a um poste. Com o tempo, no entanto, as tarefas como trocar de marcha, pisar na embreagem, dar sinal e acionar o limpador de pára-brisa vão ficando automáticas. Nesse estado de condicionamento do cérebro, ganhamos liberdade para nos concentrar em outras coisas (embora ninguém aqui esteja apoiando a ideia de falar ao celular enquanto estiver dirigindo)

  E há uma teoria, ainda não totalmente comprovada, de que as mulheres são superiores aos homens nesse quesito. Ainda são necessários mais alguns estudos para que possamos chegar a conclusões definitivas...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vale conferir!! Estudo e hábitos saudáveis são grandes aliados para manter a saúde da memória.

Quem nunca esqueceu um número de telefone, o que ia fazer em determinado cômodo da casa ou algo de importante que tinha para falar? A memória, capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, precisa de cuidados para funcionar plenamente. A neurologista, Tâmara Checcacci, explica que existem diferentes tipos de memória, distribuídos em várias regiões do cérebro. Eles podem ser classificados como de curto e longo prazo. Segundo ela, quando alguém registra e mantém uma informação que vai ser utilizada imediatamente como, por exemplo, um número de telefone que decorou só para anotar em um papel, está utilizando a memória que chamamos de curto prazo. Mas se o número for armazenado por período de tempo maior e a pessoa consegue lembrar os dados, mesmo depois de dias, a informação está armazenada na memória de longo prazo. A neurologista conta que independente do tipo, ambas as memórias são importantíssimas nas tarefas do cotidiano. “A memória de curto prazo é vital para a gente executar tarefas simples e deve ser exercitada sempre. A criação de rotinas pode até ajudar a pessoa a concluir atividades de forma rápida, mas pode atrapalhar a exercitar a memória. Por isso, é importante ter equilíbrio e tentar, ao máximo, trazer novas situações e experiências para trabalhar a memorização. Isso vai ajudar, inclusive, a armazenar informações que serão usadas em longo prazo”. A especialista explica que após os 40 anos de idade as pessoas devem ficar ainda mais atentas para os cuidados com a memória. “Pintura e artesanato são atividades ocupacionais importantes para passar o tempo e conhecer pessoas e ambientes. Para trabalhar efetivamente a memória é preciso estudar novos assuntos, como nos tempos de escola. É preciso estimular o conhecimento”, afirma. De acordo com ela, deve-se optar por temas prazerosos, capazes de trazer bem-estar. “Não adianta querer aprender novas coisas que não se tem afinidade porque não terá o efeito esperado. Isso pode ser feito voltando para a faculdade, fazendo uma especialização, aprendendo outra língua ou mesmo estudando qualquer outro assunto de interesse”. Alimentação e atividade física também são relevantes, certos alimentos, aliados à prática de exercício, podem aumentar a capacidade de memorização, pois fornecem os nutrientes corretos como, proteínas, minerais e vitaminas, para um bom desempenho do cérebro. “Consumir frutas, verduras, carnes brancas e cereais são vitais para cuidar da memória. Deve-se evitar alimentos gordurosos e frituras ao máximo. Além disso, unir uma boa alimentação à atividade física, regularmente, é determinante para garantir boa saúde física e mental”. A especialista esclarece qual a melhor receita para manter a memória saudável: “Comer de forma balanceada, fazer atividades físicas, estudar, manter o bom humor, cantar, pensar positivamente e apreciar as coisas simples da vida são fatores importantes. Somos um conjunto de fatores e, por isso, é muito importante manter o equilíbrio. Um corpo saudável otimiza a memória e traz a longevidade. Assim como uma mente saudável traz para o corpo benefícios e previne doenças”. Tecnologia – Estão enganados aqueles que acreditam que recorrer constantemente à agenda do celular ou utilizar sites de busca quando a memória falha a torna mais fraca. A neurologista explica que se por um lado as pessoas não fazem mais questão de lembrar números de telefones e dezenas de informações que podem ser consultadas a qualquer momento, por outro elas exercitam a atividade cerebral aprendendo a utilizar novas ferramentas. “Quando a pessoa aprende a mexer na função do celular, que armazena a agenda telefônica, ou aprende a mexer no computador para achar aquilo que ela precisa também está trabalhando a memória. Então, não podemos ver a tecnologia como ponto negativo, mas sim como aliada na aquisição de novos conhecimentos e exercício da memória”, explica. Fonte: Soraya Lacerda/ Ministério da Saúde

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nosso cérebro......


Capacidade de Armazenamento


Neurocientistas da computação estimam a capacidade entre 10 e 100 terabytes, mas o cálculo é mais complexo.  Nos seus mais recentes insultos dirigidos à Coreia do Sul, a mídia estatal da Coreia do Norte chamou o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, de “escória humana” e um “imbecil com 2 megabytes de conhecimento”. Mas quantos megabytes um cérebro humano consegue armazenar?
Muito mais do que dois. Muitos neurocientistas especialistas no campo da computação tendem a calcular que a capacidade de armazenamento da mente humana se situa entre 10 e 100 terabytes, embora o espectro total de estimativas varie de 1 terabyte a 2,5 petabytes. Um terabyte é igual a mil gigabytes ou um milhão de megabytes; um petabyte equivale a mil terabytes.

A matemática por trás dessas estimativas é simples. O cérebro humano contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios. Cada um deles parece capaz de realizar mil conexões, representando mil sinapses potenciais que armazenam dados.

Multiplique cada um desses 100 bilhões de neurônios por aproximadamente mil conexões que podem ser feitas e teremos 100 trilhões de pontos de dados, ou 100 terabytes de informação.
Os neurocientistas admitem que esses cálculos são bastante simplistas. Em primeiro lugar, eles supõem que cada sinapse armazena um byte de informação, mas essa estimativa pode ser alta ou baixa demais. Os estudiosos não sabem ao certo quantas sinapses transmitem com apenas uma única força frente a forças muito diferentes. Uma sinapse que transmite somente com uma única força pode comunicar apenas um bit de informação – “liga”, “desliga”, 1 ou 0. Por outro lado, uma sinapse que transmite a muitas forças diferentes pode armazenar diversos bits.

Em segundo lugar, as sinapses individuais não são completamente independentes. Às vezes são necessárias várias para transmitir uma única informação. Dependendo do quão frequente ocorra isso, os 10 a 100 terabytes calculados podem ser maiores.
Outro ponto: é difícil calcular quanto dessa capacidade de armazenamento do cérebro é espaço “livre” e quanto é “utilizado”. O cérebro é muito mais complexo do que um disco rígido. Não só algumas partes parecem estar envolvidas em muitas memórias ao mesmo tempo, mas os dados armazenados com frequência são corrompidos e perdidos.

Assim, qual seria a velocidade de processamento do cérebro, em mega-hertz? É bom dizer que o cérebro é uma máquina muito poderosa, formada de processadores muito mais lentos. Cada neurônio teria uma “velocidade de processamento” na ordem de quilo-hertz, que é um milhão de vezes mais lento do que o giga-hertz – a velocidade de processamento de um smartphone é de cerca de um giga-hertz. Por isso, os computadores são mais rápidos para completar tarefas especializadas, embora não consigam reproduzir todas as várias funções do cérebro humano.

Viabilidade. Embora futuristas citem a lei de Moore – a tendência dos computadores a se tornar duas vezes mais poderosos a cada dois anos – para prever que seremos capazes de construir computadores mais poderosos do que o cérebro humano nas próximas duas décadas, não está claro se um equipamento desse porte seria comercializável.
O cérebro é extraordinariamente econômico em termos de energia: roda a 12 watts – eletricidade que usamos para acender algumas lâmpadas que economizam energia. Seria necessária muita energia para rodar um computador tão poderoso como o cérebro, talvez um gigawatt de energia, o consumo de Washington – o que seria impraticável.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Feliz dia Internacional das Mulheres!!


Mulheres fracas, fortes.
Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,
Somos sempre o tema de um poema
Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência

Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras
Mulheres... mulheres...

domingo, 8 de janeiro de 2012

O cérebro da geração digital


O cérebro da geração digital

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura,os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.” – Bill Gates

Receber e enviar e-mails, checar o Facebook, tuitar inúmeras vezes ao dia, postar fotos no Instagr.am, ver os vídeos da banda favorita no YouTube, jogar online e ter seu próprio avatar no videogame. Estas são algumas das atividades que crianças e adolescentes fazem “de uma vez só” quando estão on-line.
Enquanto isso, muitos pais nem sabem o que estas palavras significam. Os novos vocábulos já deixaram de ser neologismos e são comuns em uma sociedade cada vez mais familiarizada com a internet e que experimenta um grau de conexão nunca antes visto.
É certo que tudo ocorreu de maneira muito rápida. A internet se popularizou em meados dos anos 90 – logo ali na escala evolutiva do homem. De lá pra cá, a tecnologia web se massificou de forma impressionante. Só no Brasil, somos 78 milhões de internautas, segundo o Ibope/Nielsen, em setembro/2011.
Agora, estudamos, conversamos, trabalhamos e até descansamos em frente ao computador, se e somente se, ele estiver conectado à internet. Este hábito contemporâneo, único na história da humanidade, tem chamado a atenção de pesquisadores e estudiosos.
O americano Nicholas Carr é um dos interessados pelo tema e, de maneira aprofundada, abordou o assunto no livro “The shallows – What the internet is doing to our brain” – Os superficiais – o que a internet está fazendo com nossos cérebros. Para ele, a exposição constante às mídias digitais está mudando para pior a forma como pensamos. “Estamos menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos”, opina.
Algumas pesquisas vão ao encontro à tese de Carr. Uma consultoria chamada Genera entrevistou seis mil pessoas da geração que cresceu usando a internet e concluiu: “eles não lêem uma página necessariamente da esquerda para a direita e de cima pra baixo. Pulam de uma palavra para outra, atrás da informação pertinente”.
Na Universidade de Stanford, o professor de comunicação Clifford Nass sugere que pessoas acostumadas ao funcionamento multitarefa do computador – que permite fazer várias coisas ao mesmo tempo – tendem a imitar a máquina, tocando várias atividades ao mesmo tempo. De acordo com os estudos, as conseqüências são pessoas improdutivas, que não se concentram em uma única atividade e profissionais irritados, que se distraem facilmente.
Segundo estudo do professor Nass, quanto mais a pessoa se julga eficiente fazendo várias coisas ao mesmo tempo, pior ela faz. O motivo é: nossa capacidade de atenção é limitada. Quanto mais fracionada, menos funciona.
Déficit de atenção e memorização. A pessoa simplesmente não armazena tanta informação, pois sabe que no momento que precisar o “Doutor” Google estará à sua disposição. Estas são as impressões dos apocalípticos do século XXI.
A internet é uma fonte infinita de informações, que não está sendo filtrada pelos seus usuários. Este é o ponto questionável. A multilateralidade da web pode impactar a capacidade do cérebro de memorizar e processar conhecimentos. Os críticos da tecnologia afirmam que a ideia passa pelo conceito de neuroplasticidade – capacidade dos neurônios de criar novas conexões ou de reforçar as já existentes, ou seja, o cérebro cria novas conexões em função do aprendizado.
Assim, podemos ativar e desativar redes neurais. A tecnologia pode fazer com que nosso cérebro mude o tempo todo, mas isto não é ruim – cabe a nós o estimularmos positivamente, por isto é preciso dosar o discurso de que a internet faz mal ao cérebro, repetindo alegações semelhantes ao passado.
Quando a sociedade experimentou o surgimento da escrita, o pensador grego Sócrates temia que o registro dos pensamentos por meio de símbolos levaria a um enfraquecimento da mente e do raciocínio. As reações foram parecidas quanto ao surgimento da imprensa de Gutemberg – as pessoas temiam a banalização da cultura.
Todas as tecnologias supracitadas socializaram a informação e permitiram a democratização do conhecimento. Em relação ao Quociente de Inteligência (QI), a humanidade saltou imensuravelmente – ninguém emburreceu ao longo dos anos.
Entretanto, todo o cuidado se faz jus na perpetuação do Quociente Emocional do ser humano. O equilíbrio mental e a manutenção do índice de felicidade devem ser preservados como uma das principais maneiras de manter as pessoas na condição de seres mais inteligentes da face da Terra.
É preciso dosar o acesso a internet com os momentos em família, as conversas na mesa de jantar, as brincadeiras de domingo, os jogos de tabuleiro e o café no fim da tarde. Seja em grandes cidades ou nos pequenos municípios é preciso manter-se atento ao princípio da integração entre as pessoas.
A internet deve ser mais uma ferramenta para a colaboração, renovando assim a forma como aprendemos. Os jovens são a geração mais bem instruída da história e a tecnologia lhes permite saber o que está acontecendo, distribuir informação e organizar respostas coletivas.
Somado a valores humanos e instruções sobre a responsabilidade de cada um no universo, crianças e jovens instaurarão um novo jeito de se habitar e modificar o planeta, com redes produtivas, interdependentes e benéficas uns aos outros.

Reilly Rangel é superintendente da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás